
Até para o ano!!!
Estupidez Exacerbada
Inúmeras vezes defendi algumas coisas que dizia ou fazia, afirmando que apenas necessitava de uma dose de à vontade e estupidez natural. Sempre que fazemos algo que a maioria não faria, ou não compreende, destacamo-nos da “manada”. Passamos a ser vistos com outros olhos, olhos que instigam à reprovação e à recriminação, mas que alimentam em segredo a admiração.
Admiração porque ousamos ser diferentes, porque agimos fora do quadrado que a sociedade institui e criamos outras formas geométricas para viver. Aceitamos as regras, mas sempre procuramos aquela alínea não mencionada que nos confere margem de manobra para sermos únicos. Contudo…será que é a estupidez natural, o que justifica um comportamento diferente do padrão? Após muito pensar, eu concluo que a afirmação que eu utilizo é apenas uma forma de evitar a recriminação, pois pareço colocar-me num patamar abaixo dos demais, logo correndo um risco menor de ferir as suas susceptibilidades.
Segundo a minha óptica, a estupidez habita num acto consciente, mas desprovido de sinceridade e não meramente uma acção ilógica ou incomum. A meu ver, a estupidez caminha lado a lado com a hipocrisia. A hipocrisia é o acto de fingir crenças, virtudes, ideias e sentimentos que na realidade a pessoa não possui. Fingimento implica uma acção lúcida e infiel com a verdade de princípios. Podemos assim, facilmente intuir que o grau de aprendizado académico em nada origina a estupidez, quanto muito esta agudiza-se naqueles que possuem maior grau.
É mais uma questão de carácter e de personalidade, daí a tendência para se engrandecer com maior escolaridade, pois adquire-se um nível de percepção e de sobranceria para com os outros que favorece esse tipo de comportamento.
“ Nada no mundo é mais perigoso do que a sincera ignorância e a estupidez conscienciosa.” Martin Luther King
“Confira sentido a um tolo, e ele chamá-lo-á de estúpido!” Euripides
"Corpo e Emoções" com a Prof. Marisol Espinosa
Este curso proporciona a oportunidade de redescobrirmos a íntima relação do corpo com as nossas emoções. Quando praticamos coreografias de SwáSthya Yôga, movimentamos todo o corpo emocional também, transmutando emoções e sentimentos, identificando padrões comportamentais e direcionando a energia para ações cada vez mais sutis na nossa vida diária.
O momento do ásana é mágico e transformador. É a ferramenta para iniciar a nossa evolução através do nível mais denso (o corpo físico), e transitar pelos níveis sutis de uma forma agradável e prazerosa.
O resgate do Yôga tântrico nos leva à conquista do ásana através da sensorialidade e desrepressão de emoções e medos, que nos protegem de um universo ainda desconhecido: a hiperconsciência.
Programa:
O Timoneiro
Ao longo de toda a minha vida, eu mantive uma sede insaciável de aprender. Eu sabia, e sei que é o único caminho para ser cada vez melhor. Não para ser melhor que ninguém, apenas para ser melhor hoje do que fui ontem, e melhor amanhã do que sou hoje. Aceitando esse princípio, sempre mantive uma atenção exacerbada com tudo o que me rodeia e principalmente com todos os que me rodeiam.
Existem inúmeras formas de aprendizagem, mas todas elas têm origem na intenção de conhecer, e esta manifesta-se no acto pertinente de questionar. Enquanto crianças, a curiosidade natural favorece o aprendizado, daí que o que nos é dito repetidamente funcione como regra instituída de comportamento. Quando vamos para a escola, habituamo-nos a ter no professor a autoridade que institui o que devemos conhecer, dirigindo a nossa atenção a seu bel-prazer. Mas, quando chegamos a adultos e mantemos o impulso de aprender, a nossa exigência é muito maior. Isso despoleta uma barreira à aquisição de determinado conhecimento, porque implicaria o assumir do erro ou da ignorância. Algo que a maioria das pessoas rejeita fazer. Contudo, é parte integrante do processo de maturação, aceitar a mudança como via de evolução, e mudar implica o abraçar de realidades até então desconhecidas. Para que essa barreira inicial seja quebrada, para que esse obstáculo não impeça o fluxo normal de conhecimento, o indivíduo tem que estar perante um argumento inquestionável e devidamente fundamentado, ou perante reconhecida autoridade ou, melhor ainda constatar um exemplo real.
Mesmo quando num grupo de indivíduos, em que todos servem o mesmo propósito, é necessário aliciar o desenvolvimento de cada um para servir o todo. Assim o timoneiro, ou o homem do leme, tem que se destacar do colectivo para definir o rumo e manter a coesão do esforço gregário ao longo de todo o processo. É a forma de agir de um treinador, de um líder político, de um coreógrafo, e de qualquer outro que vise usar a força de um grupo para cumprir uma meta.
O timoneiro será o detentor do conhecimento e aquele que torna compreensível o processo de aprendizagem a todos. Como diria John F. Kennedy: “ Liderança e aprendizagem são indispensáveis uma à outra!”
O filósofo e escritor DeRose vai conferir em Novembro a Ordem do Mérito das Indias Orientais ao pintor português Júlio Resende.
A cerimónia terá lugar dia 14. Na véspera, sexta-feira dia 13, DeRose presidirá, no mesmo local, ao lançamento formal de um DVD com uma entrevista sobre a cultura que promove quase há cinco décadas e de um livro sobre este mesmo percurso.
DeRose é autor de dezenas de livros que já venderam em todo o Mundo mais de um milhão de cópias e desloca-se a Portugal de 13 a 16 de Novembro.
Para mais informações contactar Método DeRose - Unidade Campo Alegre, através do telefone 226003212, e-mail: unidadecampoalegre@gmail.com ou consultar os blogs;
Politicas
Sempre fui um indivíduo interessado pela política, de tal forma que a minha mãe não se cansa de contar que, quando eu era bem novo afirmava querer ser primeiro-ministro. Achava imensa piada às discussões que assistia, atraía-me o destaque que era dado aos políticos e despertava em mim alguma inveja a forma como faziam as pessoas ouvi-los. Contudo, reconheço agora que o maior fascínio residia no presumível poder que aparentavam ter.
À medida que fui amadurecendo e construindo uma noção mais abrangente e correcta da realidade, o encanto desvaneceu. Percebi que as discussões eram inúteis. Uma discussão inicia-se por haver pontos de vista diferentes, mas deve ser dada a margem para que a argumentação utilizada por todas as partes torne plausível a aceitação das ideias. Se a barreira colocada entre todos é intransponível, de que adianta trocar ideias? Qual o sentido que existe em discutir? Choca-me, ainda hoje que determinadas acções possam ser recriminadas, apenas porque surgem numa força política contrária aquela que se defende. Serão realmente estes os homens que devem governar um país? Homens intolerantes que não suportam que se pense diferente, que são inflexíveis quanto aos seus ideais não colocando a hipótese de mudar a sua perspectiva sobre um determinado assunto?
Tudo parece um circo desmedido em actuações e encenações, visando entreter uma plateia que se deixa iludir com o poder de voto que lhes é conferido. Dividem-se nos elogios e nas críticas, nos aplausos e nos apupos, olhando a arena central repleta de figuras que se digladiam por uma onça de poder, sem olhar a meios falaciosos aplicados em discursos escritos por outros com o intuito de deleitar as massas. São tantos os lobbys, são tantas as pressões, é tanta a necessidade de se agradar, que por vezes perde-se o discernimento e o respeito próprio, mas principalmente o respeito pelos outros.
Foi um choque tão grande, que demorei sete anos para me recensear. Intimamente assumia como um grito de revolta, e afirmava a intenção de me manter fora da arena. Mas, também não é solução! A solução é exercer o direito que temos, sem perder voz própria, e mantendo sempre a clarividência para aceitar que não sabemos tudo. Se estivermos dispostos a aprender uns com os outros, talvez a sinceridade e a transparência se tornem as qualidades dos políticos do séc. XXI.
“A democracia é um dispositivo que garante que seremos governados não melhor do que merecemos.” George Bernard Shaw